Todos os anos, todas as noites, nos casos isolados ao pé de nós e em tantos outros contextos temos contacto com o de aberrante se passa entre o indíviduo e o álcool, para bem e para mal. Vamos falar um pouco deste tema que até os mais novos querem "chupar" ou "chuchar" o dedo.
"Como o álcool nos faz estúpidos!" Este é um dos temas de capa das Selecções Reader´s Digest, do mês de Julho de 2002, que me chamou a atenção. A frase revela a realidade que muitos lares não querem ver, outros não querem saber e, outros, ainda, não querem tomar consciência do seu conhecimento. O álcool como amigo é um prazer; no entanto, como inimigo é um perigo que pode degradar muitas vidas ao longo do tempo.
As investigações recentes revelam que "quanto mais novo for o cérebro, maior pode ser o risco. Porque os seus cérebros ainda estão em desenvolvimento, os adolescentes que bebem excessivamente podem estar a destruir a capacidade mental e, assim, a afectar a capacidade para aprender". Segundo Bridget Grant, investigadora do Instituto nacional do Abuso do Álcool e Alcoolismo, "quanto mais cedo as pessoas começam a beber regularmente mais probabilidades têm de se tornar alcoólicas".
Perante este cenário é bom conhecermos um pouco mais sobre o álcool e suas consequências. Estou de acordo com Anita Ganeri quando diz no seu livro "Drogas" (publicação Europa-América): "o álcool é uma droga muito poderosa (...) e potencialmente viciante (...) pode ser fatal". Recomendo o livro. Trata-se de um livro muito acessível e prático para conhecer as consequências do álcool e de muitas outras drogas existentes.
"Nunca se deve dar vinho ou bebidas alcoólicas às crianças, a não ser por prescrição médica. Lute-se energicamente contra a tendência, inata em muitas crianças, para o gosto do álcool". Esta é a mensagem da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, depois de definir o álcool como o "líquido obtido pela destilação de vinho ou de qualquer substância fermentável". Há uma batalha a travar. Lutar contra a corrente das crianças que são desde muito novas e logo de manhã, ao pequeno almoço, assombradas pelo sabor do álcool. Existem muitos casos destes em Portugal. Não queremos crianças alcoolistas. Não queremos estados de alcoolismo ou estados abusivos de álcool. Os vinhos são uma grande tradição da nossa sociedade. Preservá-los com a sua qualidade é nobre assim como usá-los com moderação no dia-a-dia. Os amantes de álcool (e não só estes!) não estraguem as nossas crianças saudáveis. Deixo o apelo: Não dê vinho a uma criança para ela "chuchar".
"Quanto mais jovem a cabeça, mais perigosa a bebedeira". Bernice Wuethrich
Publicação: Jornal Notícias de Cambra, 31 de Julho de 2002, p. 3
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