O contacto com a natureza é bom para a saúde do corpo e do espírito. Ambas influem no carácter, cuja formação é finalidade importante de todo o esforço educativo. Não é a mesma coisa consultar um livro cheio de imagens de animais e andar pelos campos e montes a ver os animais no seu habitat natural. Para isto são bons os passeios escolares bem organizados e dirigidos, para as crianças se exercitarem nas utilidades da vida. Todavia, não deixemos o cepticismo deles, relativamente à ciência, só os deixe ver com o telescópio. Queremos criar indivíduos que saibam que tudo no universo tem "peso, número e medida". A natureza faz brotar saúde e, ao mesmo instante, sabedoria.
Para quem as férias, substanciais ou não, passam pela praia ou praias fluviais tenham atenção "para três aspectos fulcrais: a limpeza do areal, a qualidade da água balnear e os cuidados com a exposição solar", refere Rosalina Grilo do Projecto Saúde na Praia, referido no Expresso a 26 de Junho de 2004. Acrescenta ainda que "a Câmara deve alertar para as potenciais consequências negativas para a saúde decorrentes da má qualidade da água de banho ou do areal". Todos devemos trabalhar em comum para atingir o fulcro. Não colocar papéis de gelados, paus de madeira, pontas de cigarros, caricas, entre muitas outras matérias para o chão; esclarecer quem se coloca ao sol inadequadamente (especialmente a horas contra-indicadas - das 12 às 16 horas - e sem protector), ou chamar a atenção de quem polui a água de qualquer forma é um grande passo em frente, para uma atmosfera mais limpa, apelativa e benéfica.
"Este é, sem dúvida, o desafio mais importante que abraçamos neste momento: o da dissociação entre o consumo de recursos naturais e o crescimento económico, pelo que é fundamental que se entenda, de uma vez por todas, que o crescimento económico e a protecção do ambiente são duas faces da mesma moeda", conclui José Eduardo Martins, no Anuário Forum Ambiente 2004. Podemos começar em casa separando o lixo e, depois, colocá-lo nos ecopontos respectivos (azul: cartão e papel; verde: embalagens de vidro; vermelho: pilhas; amarelo: embalagens de metal e plástico).
Com a separação do lixo não acumulamos tanto lixo em lixeiras e reciclamos mais, transformando o inútil em matéria-prima útil. Podemos, também, poupar mais a energia e fazer uso de materiais reciclados.
As actividades que podemos promover para uma cidadania ambiental activa são inúmeras, basta pensar em tudo o que nos rodeia para ver a longitude deste objectivo incomensurável. Deixo uma lista sustentável de sugestões: visitar exposições diversificadas (de pintura, artesanato, fotografias sobre o património natural), visitar ateliers, workshops, espaços arquitectónicos, quintas, animais (ver, conhecer, alimentar, tocar), aldeias, jardins, parques (infantis, de merendas, outros), biblioteca/mediateca (com livros e material informático de livre acesso para aceder aos temas ligados ao ambiente, natureza e ciência). Fazer passeios de Verão - à descoberta de lugares e paisagens além Caima - caminhos de terras, atravessar ribeiras, transpor pequenos obstáculos, trajectos cortamato, praisas fluviais.
Fazer percursos (pedestres, BTT) em família (para observar a fauna e flora, da água, do ar e da natureza envolvente); caminhadas nas barragens, á beira-mar e passeios pedonais nas zonas reabilitadas dos rios; jogos tradicionais (jogo das malhas, bola, caçadas, cartas, didácticos, jogos de praia, e outros). participar em actividades nocturnas de festas populares, gastronomia, teatro, cinema ao ar livre, desporto, festivais de dança, concertos, etc..
Como diz Nicolau Santos no suplemento Economia & Internacional do Expresso (31 Julho 2004), "há, pois, que colocar o ambiente como uma questão de cidadania". Não faltam ideias para desenvolver o sentido cívico pelo ambiente pelo qual devemos ter total estima e consideração, pois dele depende a nossa sobrevivência na Terra. pense especialmente em si, na sua qualidade ambiental de vida. Viva bem.
Publicação: Jornal Notícias de Cambra, 30 de Setembro de 2004, p. 4
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