sábado, 19 de março de 2011

Passeio à Serra da Estrela e Museu do Pão

Paróquias de Macieira de Cambra e Rôge em...
Passeio à Serra da Estrela e Museu do Pão

No dia 16 de Fevereiro partiram das Paróquias de Macieira de Cambra e Rôge bem cedo o Sr. Pe. Adão Cunha com os Catequistas aliados a familiares e amigos com destino à área montanhosa mais alta do nosso país no Centro de Portugal - a Serra da Estrela. Este Parque Natural é classificado de Sítio de Interesse Comunitário pelo evidente reconhecimento para a conservação da natureza a nível internacional.
Com primeira paragem na cidade de Viseu para café e necessidades básicas a que não faltou a interacção de grupo e convívio retomaram caminho rumo à Lagoa Comprida da Serra da Estrela onde com a devida e preventiva informação o motorista profissional Rui Almeida seguiu para a Torre, com óptimas acessibilidades e bem visível o trabalho efectuado com esmero dos limpa-neves necessário e para segurança. Embora as perspectivas do tempo e condicionantes de prevenção do dia anterior impedissem a perspectiva de efectuar o trajecto, isso não aconteceu e revelou-se o melhor cenário optimista de gozar com aventura e brincadeira o ponto mais alto, provar as iguarias mais características como o Queijo da Serra, de pasta semi-mole e amanteigada, o presunto e conhecer o artesanato característico regional a que tão simpaticamente convidam os comerciantes tradicionais locais do Centro Comercial "Torre".
O toque no manto branco em alguns locais visíveis com densa altura, as bolas, as bolinhas, as porções e os blocos de neve para a diversão constaram do desafio, apenas a lamentar a duração curta que todos gostaríamos por unanimidade ver prolongada por mais tempo. Mas deu para a maioria sentir as delícias de cair na neve, levarem com ela com a maior das graças, risos e gargalhadas, sentirem a humidade e temperatura própria evidente no corpo e as condições climatéricas do local. Afinal aplica-se "é Carnaval ninguém leva a mal".
Das paisagens deslumbrantes na região que alimentam as emoções e as melhores reflexões humanas e espirituais com a sua tonalidade branca e outras, também todos satisfizeram o estômago no Parque com as suas lancheiras ou no Restaurante Típico Mirante da Estrela onde constam as tradicionais entradas (de destaque a morcela e o chouriço), a sopa (geradora de humor motivacional para as crianças porque essencial), os rojões, a chanfana devidamente acompanhada, as sobremesas, os vinhos e digestivos. No final da satisfação ainda deu tempo para espreitar as bebidas tradicionais de castanha e outras, os objectos relativos à natureza e marca própria e o vestuário em pele e lã como os gorros a que alguns não ficaram indiferentes e fotografaram o momento.
Seguindo viagem para o Museu do Pão em Seia houve recepção calorosa e animada com música e dança de grupo de folclore com trajes lindíssimos em tons de preto, vermelho e branco. Com total recomendação deste Museu representativo do património do pão português é apresentado todo o trajecto desde a origem dos cereais passando pelos processos, fases e utensílios e outros aspectos inerentes até ao produto final que é o pão que todos conhecemos, com dinamização própria para crianças pela excelente profissional Cira. O ciclo tem enfoque cultural, histórico, educativo e pedagógico espalhado pelos diversos espaços expositivos e um atelier próprio no qual as crianças puderam aprender a fazer o seu pão. Também a arte patente em exposições paralelas como a exposição fotográfica de Júlio Pereira sobre a Broa de Avintes. Possui outras valências não só comerciais como o restaurante e a mercearia (onde se podem provar os sabores do diverso pão e observar algumas decorações únicas como uma máquina de azeite antiga ou os triciclos no tecto antiquíssimos que os mais velhos e conhecedores caracterizam e explicam das realidades do seu passado) como também de lazer e saber como o bar e a biblioteca.
Relembrar objectos, histórias sociais e políticas, detalhes da cozedura do pão, observar detalhes decorativos que poderiam ser com materiais diferentes atendendo à realidade apontada de alguém mais velho conhecedor das práticas e usos antigos, cantar canções antigas escolares, trocar experiências, ideias e ligações, constatar as realidades da evolução nos processos do pão até à actualidade com o nosso movimento e comunicação foram emoções gratificantes que viverão nas mentes, especialmente dos mais jovens. Recomendável de modo particular a todos aqueles que nunca tiveram ou têm contacto com o mundo rural e/ou agrícola. Mesmo os conhecedores se surpreendem!
Posteriormente, em último recinto local acessível adquiriram-se as últimas recordações e lembranças e prosseguiu-se viagem de regresso à cidade de Vale de Cambra, com paragem intermédia. Um passeio de sucesso temporal e com animação, boa disposição e bom humor. Parabéns à organização, com especial destaque para a profissional de Relações Públicas, Ana Tavares, e a todos os participantes que com a sua presença enriqueceram os seus conhecimentos e vivências de vida e os dos seus semelhantes.
Em Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social 2010 e no mês de Fevereiro com o tema a "Pobreza é ficar indiferente", acrescento, ao "pão nosso de cada dia" e não fazer nada para evoluir, inovar e interagir directamente. É sempre melhor o caminho que se percorre do que o seu fim, quem não tem pão para comer tem tendência a não procurar cultura e conhecimento para beber mas não é por não estar acessível muitas vezes, porque o Parque, o Museu pode ser outro, pode estar do outro lado da rua de nossa casa na nossa rua e acontece que ainda uma maioria nunca o usufruiu. Perto a Exposição "Fé e Culto" no Museu Municipal de Vale de Cambra. Como diz Al Gore no filme e/ou livro que aqui tenho ao lado "Uma Verdade Inconveniente": Reze... mas mexa-se!
http://www.museudopao.pt/
http://www.2010againstpoverty.eu/

Publicação: Jornal Notícias de Cambra, Ano XVIII, # 344, 28 de Fevereiro de 2010, p. 5

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