domingo, 13 de março de 2011

Perfil educacional: o ambiente

Quando falamos de ambiente podemos estar a falar de muitas situações, por exemplo, do ambiente agradável que se tem ao ouvir uma música de Andrea Bocelli ou mesmo da ambiência saborosa que se vive durante uma simpática conversa. Nestes dois casos estamos e falar do envolvente ou do que nos cerca, "que é relativo ao meio físico, social ou moral que se vive; que diz respeito ao ar ou às circunstâncias que rodeiam os seres vivos". Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, a definição de meio vai mais além, com uma segunda definição estruturada, seguinte: "conjunto de condições físicas, químicas e biológicas susceptíveis de agir sobre uma determinada população animal, vegetal ou humana; (...) Meio físico que envolve alguém ou alguma coisa (...) Atmosfera que envolve uma pessoa num determinado local. (...) Circunstâncias sociais, intelectuais, morais, emocionais... que envolvem uma pessoa e que a podem influenciar ou determinar o seu comportamento". Ah! Uma simples palavra... cheia de definições próprias, individualizadas ou colectivas.
Um "ambiente" paradoxal natural é o que se pretende com esta introdução. Todos temos uma definição de ambiente e sabemos que o ambiente é simples versus complexo e multifacetado. Vejamos a definição de ambiente dada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 38/95 de 21 de Abril: "... um sistema que engloba os recursos naturais, a qualidade dos factores do ambiente, os processos e os riscos ambientais, o que permite incluir a conservação da natureza (no sentido lato de uso racional dos recursos), o património natural, a paisagem e os processos de erosão e a desertificação, bem como as relações entre os vários componentes do sistema". (http://qualidadeonline.com/www.ambiente/vocabulario.html).
A Revista Forum Ambiente (n.º 88) lança três vectores para "veicular três mensagens imprescindíveis: precisamos de animais e das plantas para viver; não podemos sobreviver sem água; temos de deter a poluição". São três pilares essenciais para a nossa sobrevivência que podem ser vistos de variados aspectos. Em primeiro lugar, uma boa acção é estimar as plantas ou animais visto que os incêndios, a caça abusiva e a destruição da floresta atentam contra a vida e o habitat natural. Por exemplo, o lobo ibérico está em vias de extinção. Em segundo lugar, indispensável a todas as formas de vida, poupar a água doce, porque é um bem escasso no planeta; o homem tem detonado rios e riachos (esgotos a céu aberto) e oceanos (derrame de crude) com as suas obras. A Directiva Quadro Comunitário da Água apela à protecção de todo o género de águas "- rios, lagos, águas costeiras e águas subterrâneas". (http:dqa.inag.pt/dqa2002/pdf/brochure_DQA.pdf). Por último, a poluição de uma forma geral mas "nos últimos anos, acumulou-se um conjunto de queixas, denúncias e evidências estatísticas que apontavam todas no mesmo sentido: a poluição atmosférica constitui um problema grave e a agravar-se. A informação ainda é infelizmente pouco conhecida, mas trata-se de um problema ambiental, legal e de saúde pública", refere Luísa Schmidt, na Revista Única de 26 de Junho.
Temos um Programa Operacional do Ambiente (POA) 2000-2006 em execução, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Estrutural e Regional (FEDER): "As acções a apoiar através deste Programa operacional integram-se fundamentalmente na requalificação, valorização e promoção dos recursos ambientais do território continental português, na melhoria das infraestruturas de informação e gestão ambiental, na melhoria da monitorização do estado do ambiente, na melhoria do ambiente urbano e no reforço do factor protecção do ambiente nas actividades económicas e sociais". Diz o então secretário de estado do Ambiente, José Eduardo Martins, que "em matéria de Educação Ambiental é estratégia de fundo do Ministério (...) fomentar uma cidadania activa, abrangendo as diversas faixas etárias e extractos sociais da população, conferindo-lhes ferramentas cognitivas para a compreensão e acção nos campos de intervenção ambiental e social". O mais importante de tudo isto é a sensibilização de cada indivíduo para a participação activa.
Na televisão já não faltam programas para a sensibilização a favor de um ambiente melhor. temos dois programas ambientais da responsabilidade da Sociedade Ponto Verde, a saber: "Ponto Verde" que é transmitido na RTP2 de segunda a sexta, pelas 19h25 (passa um compacto deste programa ao domingo, às 14 horas, que tem uma entrevista a um convidado). E o "Ponto por Ponto", na TVI, às 10 horas, todos os dias.
Não perca a oportunidade de aprender mais umas utilidades da vida ambiental para o tornar melhor para si e para os outros. Participe na sensibilização da população para as causas e consequências ambientais.

Publicação: Jornal Notícias de Cambra, 15 de Setembro de 2004, p. 5

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