domingo, 20 de janeiro de 2019

Felicidade: um ser grato

 


Obrigada à vida que tanto me tem dado: a mim e a todos os que me rodeiam. Como é bom estar grato por algo tão simples, por exemplo, da natureza, como uns pés de salsa ou de maracujá que nascem tardiamente num vaso ou no quintal da casa ou nas hortas biológicas. A natureza assim olhada é bela. A gratidão das pequenas simplicidades da natureza e de tudo o que nos rodeia e acontece nas nossas vidas é algo que nos faz mais felizes inesperadamente e nos faz reconhecer os momentos bons e menos bons do que vivemos no nosso dia-a-dia. Uma palavra de apreço muda totalmente um momento de receio, de ansiedade, de preocupação, de espera de alguém que se espera. É muito bom ser grato e sentir a dádiva da gratidão. Agradecer o nosso dia eleva o nosso espírito, dá-nos paz no modo como vivemos a vida.

A gratidão ativa a nossa generosidade e pensamento positivo relativamente às situações, às pessoas e ao meio em que nos inserimos. Escrever diariamente em qualquer momento do dia ou então no final do dia que termina, aquilo pelo qual somos gratos, ou, apenas refletir naquilo pelo qual somos gratos na vida do dia-a-dia eleva-nos a tantas situações de alegria e prazer, que nos faz viver mais e melhor, creditando em “boa vida” a vida que levamos. Arranjemos um pote e todos os dias coloquemos lá um papelinho com as nossas gratidões diárias, ao final do ano, ao rever, vamos ficar impressionados pela dádiva de gratidão que a vida nos tem dado ao longo do tempo. É bom fazer novos planos de ano novo com todas as suas gratidões em mente.

Dar valor às pessoas que se acercam da nossa vida de alguma forma custa tão pouco e enriquece tanto a nossa vida e a vida delas, pelo que nem sempre imaginamos o quanto essa dádiva é benéfica para os seus conceitos pessoais e de vida. Por vezes, um simples “bom dia” incrementa o nosso nível de felicidade e consequentemente gratidão. Consegue ser grato cada vez mais, a cada dia que passa, e, identificarás cada vez mais gratidões no percurso da tua vida. Basta refletir um pouco que encontramos tanto pelo qual estar grato. Uma vida mais completa e preenchida de valor, a que cada um, à sua maneira, dá valor. Ganha a oportunidade de ser grato e um ser grato.

Ser grato é expressar gratidão, logo ter saúde. Expressar gratidão pode não ser nada em dado momento, pode ser um simples sorriso ou uma palavra elogiosa, mas após muitas gratidões o ser humano lembra-se e localiza em si a gratidão com sentido fascinante e de relevância. São muitos os benefícios da gratidão, começa logo em primeiro plano pela saúde, que influencia todo o resto da vida. Com saúde podemos tudo, sem saúde não somos nada. Todos queremos ser saudáveis, mas nem todos tomamos comportamentos para que tal aconteça, fora as inevitabilidades da vida que poderão ocorrer consequência de múltiplos fatores biológicos.

Ser grato é aprender a dar valor às pequenas coisas da vida, como por exemplo, ser grato pela alimentação que ingerimos e/ou temos ao nosso dispor, e ser grato pelas pessoas que nos rodeiam, elevam a vida e torna-a mais significativa. Os pobres de hoje são os que não tem ninguém à sua volta, que não tem ninguém que seja íntimo de alguma forma social. Com tanta tecnologia e tantas formas imediatas de comunicação, impressiona que o isolamento e desconhecimento continuem a ser muitas vezes evidentes entre as pessoas.

Um ser grato encontra experiências gratificantes. O materialismo não mata a fome de felicidade. Consumismo não é critério de felicidade. Cada objeto que adquirimos apenas aumenta o vazio existente no nosso interior, não sendo acompanhado de boas experiências e vivências gratificantes. Apenas o material não nos resolve a vida. Os bons momentos, significativos da experiência humana, tem muito mais poder do que todo o materialismo que se possa imaginar. Não descure uma boa experiência, pode ser mais significativa do que dada quantia de dinheiro ou objeto. Seja grato pela sua experiência de vida e pelo que tem, não se comparando com os outros. Eu posso querer ter um carro, o outro uma bicicleta, porém, há outro alguém que apenas deseja andar a pé, e, além desse existirá alguém que apenas gostaria de poder ter a possibilidade de poder andar e ser autónomo, e não tem forma de fazê-lo.

Já pensou como pode aumentar a sua gratidão? Comece pela gratidão aos pequenos momentos da vida. São sensações boas, limadas e gratuitas. Aproveite. Transpire gratidão de estar vivo, porque um dia a morte não deixa ninguém sem o seu encerramento. E no último dia pensamos que poderíamos ter vivido a vida de uma forma mais grata e com melhores relações com os outros, pois são as boas relações que gratificam uma vida bem vivida.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Felicidade: uma mudança própria


     A felicidade é uma mudança própria. Nós não podemos mudar o outro. Temos de nos mudar a nós próprios e não os outros. Somos muitas vezes espelho do que dizemos, fazemos e transmitimos aos outros de nós próprios. Se mudarmos podemos continuar num mundo em mudança, mesmo que este não mude, o que não é razoável (a não ser que vivamos numa redoma longe da civilização), nós mudamos. A mudança é uma constante da vida. Cada vez nos transformamos em maior diversidade de conhecimento e acumulação de novos saberes, e, é assim que deve ser: mudar com a mudança e incrementar sabedoria com a idade, para utilidade própria e de todos os que o rodeiam. Sermos melhores pessoas. Inovar e aliciar o quotidiano das melhores emoções. 

    Temos poder de felicidade com pequenas mudanças próprias diárias porque todos temos dois lados, um bom e outro menos bom; ganha aquele que alimentarmos na vida. Alimente o lado frutuoso e abundante da vida. É bom saborear a vida e aproveitar o que ela nos proporciona para sermos melhores. A cada momento podemos ser melhores e não exigir aos outros que sejam melhores. A caminhada começa com um passo nosso. Não devemos desperdiçar as nossas energias a tentar mudar o outro, os outros ou quem quer que seja – não vale a pena. Com o nosso amor e amizade podemos elucidar e dar a nossa opinião sincera, porém, a mudança é pessoal, personalizada e só depende de si próprio, no seu âmago pensante e de ação. Sem ação nada feito! Os outros só percebem quando querem a mudança e não quando queremos nós a mudança. 

    Temos o poder em nós para a conquista de felicidade com as nossas próprias mudanças; não dependemos dos outros para mudar o que quer que seja porque existe o respeito pelas nossas e pelas escolhas dos outros. Cada qual segue o caminho que quer, não devemos cativar imposições, só a nós próprios, com metas concretizáveis de preferência. O nosso mundo deve ser permeável ao ouvir as melhores ideias, surgidas da própria ou alheia experiência de vida, que se adequam aos nossos objetivos de vida.

    Ser dependentes dos outros não é uma solução ótima. Temos de jogar os nossos próprios dados de vida e conviver saudavelmente com os seus resultados. O nosso “barro” (de que somos feitos) só pode ser moldado por nós próprios; enquanto indivíduos inseridos numa sociedade. Muitas vezes caímos com as nossas próprias ideias, todavia essa leveza leva à abertura daquilo que é verdadeiramente significativo na nossa vida e pelo qual passaremos a lutar com mais garra. Nunca é tarde para realizar novos sonhos ou embarcar em novos sonhos na vida. Os sonhos são uma constante de quem é feliz e não se contenta com o seu estado na zona de conforto. Deitar fora tudo o que seja indesejado é a melhor opção na vida. Dar positividade para receber positividade vale a pena; não queira mudar os outros, mude-se a si próprio: atrai coisas boas para si e para os outros que o rodeiam. Ame-se a si próprio. Lute, faça a sua mudança própria para conquistar aquilo que lhe dá felicidade.

    Na vida a felicidade pode ser uma mudança própria constante, constantemente, porque estamos em constante aprendizagem e ligações de rede global. Não há mais constante da constante da vida que a mudança. A nossa ação, o nosso improviso inovador, a competição faz parte da nossa vivência quotidiana. Sabemos que na vida a mudança é constante mas nem sempre vivemos como mudança constante para a felicidade na nossa própria vida. Dá que pensar. Um facto é saber que estamos em constante mutação num Mundo global, o outro é agir em consonância com o facto de sabermos isso.

    A nossa transformação em nós mesmos é feita através dos outros, por meio das interações com os outros, muitas vezes inconscientemente. Aquilo que nos cativa infiltra-se em nós facilmente. Sofremos processos de influências, que nem sempre são óbvios mas aparecem para nos mexermos na direção que almejamos. A nossa capacidade de mudança é afetada pelo desenvolvimento da nossa capacidade individual de pensar e raciocinar, das nossas competências perante as atividades sociais e as necessidades do mundo que nos envolve. 

    Quando somos bons em algo influenciamos os outros. Não somos mais do que alguém por isso. Também, a maneira como construímos a nossa vida influencia a vida dos outros que nos cercam. Somos influentes quando conseguimos mudar o paradigma de pensamentos dos outros, as suas crenças e as suas formas de agir para melhor. Nós temos o dom de controlar a forma de reagir perante aquilo que nos acontece. Uma mudança pode ocasionar muitas mudanças. Tudo parte de si, como age àquilo que lhe acontece. Mas pense também o seguinte: a vida dos outros não tem as respostas para nós. A vida dos outros é diferente da nossa, nela nos podemos ponderar mas nunca copiar, porque a nossa vida tem arraiais diferentes dos outros pelo seu percurso único.

    Somos bem-sucedidos na vida, na maioria das vezes, porque estamos sempre a aprender coisas novas todos os dias e a utilizá-las. Esta mudança é decisiva. E o que importa acima de tudo para tal e para os outros é a nossa identidade, o nosso carácter, influenciador e correto.

    Quando não reagimos, ou quando estamos inativos, estamos com dúvidas e relâmpagos menos bons. Para afastar esses temores não podemos ficar parados à espera que “caia do céu” o que queremos. Não podemos ficar parados sentados à espera de mudanças sem nada fazermos para mudar. Temos de ligar o “gatilho”, sair e ir à luta, à procura da mudança que almejamos de feliz, do pensar que se torna ação e resolve a situação em que nos encontramos. Lutar pelos objetivos razoáveis e concretizáveis que nos darão vida novamente faz parte do trilho vivencial e harmonioso. Seguir em frente com altruísmo, criando hábitos felizes que nos recompensam com bem-estar e qualidade de vida.

    Temos de saber o caminho ou descobrir o caminho. Mudar os hábitos enraizados: não fazer as coisas por hábito. Ter coragem mínima para não adiar a mudança. A procrastinação não é um hábito saudável se utilizado como habituação. O ideal é investir em si e não em coisas supérfluas. Aumente a abundância do que mais deseja na sua vida. Não deixe que alguém lhe tire as suas próprias escolhas – mudanças - ou não deixe segui-las.

    Saía de si mesmo, da sua ociosidade habitual e abrace o que mais ama. A motivação para uma mudança pode vir de onde menos esperamos: uma inspiração em algo ou alguém; da educação que possuímos ou dos tipos de lazer com que nos ocupamos. Nestes três pontos encontramos fontes de “água viva” para mudanças boas. Podemos divertirmo-nos, ajudar os outros, sermos melhores pessoas e até ganhar mais dinheiro com a nossa mudança positiva. Irá sempre haver alguém que nos olhe de lado, mas “é a vida” e, cada qual responde e sente pelos seus atos. A nossa estabilidade social contributiva contribui para a estabilidade da sociedade em que nos inserimos. A compreensão é essencial para sermos pessoas úteis e felizes da sociedade.

    A felicidade é uma mudança que acontece porque agimos em conformidade, tomamos ações que levam até ela. Não são hipóteses mas sim ações que nos movem para onde desejamos. São a nossa criação do que definimos felicidade para nós.

    Sempre que dizemos a alguém que mudou, estamos a ver uma forma diferente daquela que imaginávamos para essa pessoa. Não devemos encarar isso como algo menos bom, pelo contrário, significa que há uma forma de vida, uma estética mais original da vida em alguém, que não imaginávamos até esse momento. Devemos viver a vida à nossa maneira e não da forma que agrade aos outros. Ponha as “mãos à obra” na sua vida. Exercite as suas competências favoritas para ser ainda mais feliz. Faça a sua mudança própria!