Confiar em nós e confiar na vida são dois desafios equivalentes. A razão de semelhança é que é diferente. A confiança pode ser uma redução ou uma ampliação do nosso sentimento estável por nós próprios ou pela vida. Acredito que a razão de semelhança nunca é igual por mais semelhante que seja a confiança. Podemos medir, todavia os indicadores não exibem realidades emocionais e abstratas comuns, que se apliquem a toda a população. Os níveis de confiança são apenas idênticos em países idênticos. Cada pessoa é um indivíduo e cidadão único que desfruta de caraterísticas próprias e ambientais que modelam a sua vida. Algo é certo, confiar em nós leva a criarmos mais confiança na vida que se nos apresenta pela frente a qualquer momento. Com confiança cada oportunidade é aproveitada com pensar refletido, responsabilidade, entusiasmo autêntico, alegria interior, familiaridade de movimentos e momentos únicos que não mais se repetirão nas mesmas condições lógicas. Previsibilidade: a vida em que confiamos faz-nos acreditar que nada é por acaso – um encontro, uma pessoa, um evento, uma sintonia, um sonho – pode acontecer a qualquer momento. Desse momento tiramos a melhor aprendizagem do Universo. Quando amamos as pessoas e sabemos que confiam nas nossas melhores qualidades para vencer, somos enobrecidos por paradigmas de sobrevivência com todo o amor e confiança em nós próprios. Ficamos a saber que ninguém é imune à atitude e presença de alguém perto de nós. Os horizontes abrem-se a novas perspetivas, a ambição torna-se mais nobre. As lágrimas emocionais que nos caem pelo rosto quando as questões de confiar na vida se revelam no nosso dia a dia lembram cada passo por que passamos e questionam cada passo que poderemos vir a dar com todo o encorajamento dado pelas pessoas que nos sabem ouvir. Nem todos tem o dom de ouvir. Há momentos em que quanto mais sabemos mais nos calamos. No entanto, nas situações concretas da vida de cada um, ter uma opinião esclarecida e esclarecedora ou questões abertas ajuda a outra pessoa a ultrapassar péssimos momentos, a compreendê-los, encarando-os de modo mais altruísta e benéfico para quem a rodeia. Crescer com confiança em muitos prismas não é uma aventura linear.
